Ciência comprova: leitura da Bíblia reduz vícios e comportamentos de risco
“A mente humana se estrutura por repetição — e aquilo que se repete com afeto e propósito molda não apenas o comportamento, mas também a identidade”, Izabella Cantagalli, neuropsicanalista.

A terapeuta (neuropsicanalista) cristã, Izabella Guimarães Discacciati Cantagalli, de 39 anos, é a convidada da coluna Vida Plena (VP) – À Luz da Palavra, para abordar o tema: como a psicanálise explica a redução de comportamento de risco na vida da pessoa que lê a Bíblia com frequência, segundo o que apontou a pesquisa da (CBE).
Natural de Belo Horizonte, Izabella é casada há 17 anos com o Pr. Pedro Cantagalli e é mãe de Hadassa, de 7 anos. Psicanalista e pós-graduada em Neurociência com Ênfase em Saúde Mental, ela atua no cuidado de mulheres por meio de terapias on-line, mentorias e palestras.
Símbolos sagrados e a transformação emocional
Como psicanalista cristã, compreendo que o ser humano não é apenas racional. Somos movidos por camadas profundas do inconsciente, marcados por registros emocionais que, muitas vezes, não conseguimos nomear. É justamente nessas regiões ocultas da alma que a Palavra de Deus atua com uma força extraordinária, trazendo luz, cura e transformação.
A leitura bíblica frequente coloca o indivíduo em contato com símbolos carregados de sentido existencial. Palavras como redenção, graça, misericórdia, cura e propósito tocam estruturas internas adormecidas ou feridas, proporcionando a ressignificação de dores antigas e favorecendo uma verdadeira reorganização emocional.
Não é à toa que o salmista declara: “A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma” (Salmos 19:7). A Bíblia traz uma nova narrativa àqueles que vivem presos em ciclos de culpa, repetição e autossabotagem. Ela não apenas informa — ela transforma.
O ato de ler a Bíblia como terapia para a alma
Há um movimento terapêutico no simples ato de se sentar para meditar um texto sagrado. Nesse gesto de entrega e escuta, o sujeito sai do caos da mente fragmentada e adentra um espaço simbólico de silêncio, acolhimento e reencontro com o divino. A Palavra confronta, consola e cura.
A repetição da leitura como prática de cuidado
Além disso, a disciplina de ler a Bíblia com regularidade cria um ritual de cuidado. A mente humana se estrutura por repetição — e aquilo que se repete com afeto e propósito molda não apenas o comportamento, mas também a identidade. Quando essa repetição vem por meio da Palavra, forma-se um solo fértil para o fortalecimento do “eu”, promovendo o domínio emocional e a ampliação da consciência de valor e pertencimento.
Muito além da ciência: a Palavra que transforma
Portanto, o impacto da leitura bíblica vai muito além da ciência. Ela não é apenas um conteúdo com potencial terapêutico — ela é Palavra viva. É Espírito tocando o espírito e fluindo para a alma. Quando lida com fé e frequência, a Bíblia se torna uma presença interior, uma voz constante que orienta, consola, transforma. E quando a alma encontra repouso na verdade, o corpo e o comportamento naturalmente se ordenam também.
Leia a pesquisa
Leitura frequente da Bíblia: o antídoto contra vícios e desequilíbrio emocional
Um estudo realizado pelo Center for Bible Engagement (CBE) revelou que a leitura frequente da Bíblia pode influenciar positivamente o comportamento social, reduzindo a probabilidade de envolvimento em comportamentos de risco, como o consumo de álcool e outras drogas.
Resultados relevantes
A pesquisa, conduzida ao longo de quatro anos com mais de 40 mil entrevistados nos Estados Unidos, concluiu que indivíduos que leem ou ouvem a Bíblia pelo menos quatro vezes por semana demonstram menor propensão a práticas como:
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57% menos chances de problemas com álcool;
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61% menos chances de se envolver com pornografia;
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68% menos chances de sexo fora do casamento;
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74% menos chances de se envolver com jogos de azar;
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Redução de 30% no sentimento de solidão;
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Redução de 32% nos problemas com raiva;
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Redução de 40% na amargura em relacionamentos;
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Aumento de 200% no compartilhamento da fé;
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Aumento de 230% no discipulado;
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Redução de 60% no sentimento de estagnação espiritual.
O valor da frequência
A pesquisa apontou que ler a Bíblia menos de quatro vezes por semana tem pouco ou nenhum impacto sobre os comportamentos de risco. O estudo também revelou que a leitura da Bíblia pode ter um efeito maior do que outras práticas espirituais, como a frequência a cultos religiosos e a oração, quando se trata de reduzir a influência de tentações e hábitos prejudiciais.
Apresentado na Universidade de Tel Aviv, Israel, em 2009, o estudo reforça a importância do contato regular com as Escrituras para o fortalecimento da espiritualidade e a promoção de uma vida mais equilibrada e saudável.
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