Política Nacional

Deputados comemoram conquistas durante homenagem ao Dia da Consciência Negra

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Sem esquecer os problemas que ainda acometem pretos e pardos no Brasil, representantes da bancada negra da Câmara dos Deputados comemoraram conquistas recentes na sessão de Homenagem ao Dia da Consciência Negra, neste 20 de novembro. Uma das vitórias destacadas pelos deputados foi a formalização da bancada negra na Casa. Com isso, o líder do grupo poderá participar das reuniões de líderes, que decidem a pauta de votações do Plenário.

Escolhido para liderar a bancada, o deputado Damião Feliciano (União-PB) explica a importância de participar das reuniões do colégio de líderes. “A partir de agora, abre-se espaço para que possamos tratar de questões que afetam diretamente a população negra nas proposições priorizadas na agenda da Câmara dos Deputados, especialmente as que possam abordar pontos atinentes ao racismo, às políticas reparatórias e à igualdade racial”, disse.

Uma das autoras do pedido para a realização da sessão solene, a deputada Carol Dartora (PT-PR) destacou também o aumento do número de representantes negros na Casa, que nas últimas eleições cresceu 9%. Atualmente, 122 deputados se autodeclararam pretos ou pardos.

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“A gente chega comemorando um aumento, ainda que não seja aquilo que a gente deseja, mas um aumento de representantes negras e negros nesta Casa – que são minoria ainda, mas que representam a maioria da população brasileira, porque a maior parte da população brasileira é preta e parda (56%)”.

Leis importantes
O outro autor do requerimento para a realização da homenagem ao Dia da Consciência Negra, deputado Vicentinho (PT-SP), ressaltou que, mesmo com o aumento da bancada negra, ainda são penas 31 deputados autodeclarados pretos entre os 513 que compõem a Câmara. Mas Vicentinho também destacou leis recentes que asseguram direitos da população negra.

“A primeira lei que o presidente Lula sancionou foi a lei que criou o Dia Nacional das Comunidades de Matriz Africana e Nações do Candomblé. Nós comemoramos também um outra lei que Lula sancionou, posterior à tentativa de golpe, que é a lei que obriga as empresas a informar anualmente quantas negras e quantos negros têm no trabalho, e em que posição essas negras e negros estão, para, ao cabo de cada cinco anos, se desenvolverem políticas no trabalho para garantir oportunidade de igualdade para todos”, ressaltou.

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Racismo reconhecido
Para a deputada Talíria Petrone (Psol-RJ), a instituição formal da bancada negra significa o reconhecimento do racismo no Brasil e rompe com a “mentira da igualdade racial”. Além disso, a deputada acredita que a bancada é uma sinalização de que a Câmara “está pronta” para enfrentar as desigualdades raciais do País.

Na concepção da deputada Dandara (PT-MG), o dia 20 de novembro “é a prova de que o povo negro dedica a própria vida para construir a liberdade”. Ela enfatizou que nesta data se relembra o dia em que o líder negro Zumbi dos Palmares foi morto, “mas nasceu para história”.

Reportagem – Maria Neves
Edição – Ana Chalub

Fonte: Câmara dos Deputados

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Política Nacional

Lula faz balanço de governo e aconselha PT para eleição de 2024

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta sexta-feira (8), em Brasília, da abertura da Conferência Eleitoral do Partido dos Trabalhadores (PT), evento que debate as estratégias da legenda para as eleições municipais do ano que vem, quando serão definidos os prefeitos e vereadores de mais de 5,5 mil municípios do país.

Cerca de 2,5 mil militantes, dirigentes partidários e políticos compareceram ao auditório de um centro de convenções, incluindo ministros do governo, governadores, a primeira-dama Janja Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). 

Em discurso que durou cerca de 50 minutos, Lula disse que os resultados das ações do governo ainda vão aparecer e projetou que, no ano que vem, a disputa eleitoral deverá repetir uma polarização ideológica similar a que ocorreu nas eleições de 2022.

“90% das coisas que anunciamos ainda não brotaram”, disse Lula, ao destacar que é preciso que as pessoas continuem cobrando e pedindo mais. “Agora, a economia vai crescer no mínimo 3%. Os empregos, nós vamos chegar a 2 milhões. É muito? Não, é pouco. Eu quero mais. E vocês têm que querer mais. Nunca se contentem com o que a gente faz. Peçam mais. Quanto mais reivindicação, mais a gente tem coragem e motivação de fazer as coisas”, completou.

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Polarização

Sobre as eleições municipais em 2024, Lula afirmou que a polarização deverá voltar e ser encarada sem medo, de forma competitiva. “A gente vai ter que mostrar que nós queremos exercitar a democracia, vamos fazer as eleições mais competitivas possíveis, mas a gente não vai ter medo de ninguém.”

O presidente fez uma defesa enfática da democracia, ao citar os últimos quatro anos e as ameaças de ruptura democrática. “A democracia é um valor fundamental, não é uma coisa qualquer. Aprendemos a amar o que é democracia, que é viver democraticamente na adversidade conviver com os diferentes, aprender a respeitar, a não ser negacionista”. 

Ele também disse que vai participar da campanha em 2024, visitando algumas cidades, fora do horário de trabalho na Presidência da República.

Trabalho de base

Durante a abertura da conferência, Lula lembrou vários momentos da história do PT e pediu que o partido volte a ser um pouco como era no começo, “para reconquistar credibilidade”, pedindo a retomada de um trabalho de base diretamente nas comunidades, ouvindo o povo. 

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Para o presidente, a legenda deve aprender a dialogar com os setores da sociedade que não são majoritariamente próximos do partido, citando os evangélicos. 

“Gente trabalhadora, gente de bem, gente que muitas vezes agradece à igreja por ter tirado o marido da cachaça para cuidar da família”, acrescentou, mencionando ainda o setor do agronegócio e os pequenos e médios empresários.

Fonte: EBC Política Nacional

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